sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Livros

Encadernados ou não,
daqueles grossos, pesados,
dom letra pequenininha.

Daqueles leves, fininhos,
que vivem meio amassados.
Dos antigos muito raros,
com páginas amareladas.
Dos caros e elegantes,
recheados de pinturas.

Daqueles com fotos e mapas.
Dos repletos de gravuras.
Dos que têm contos, novelas,
romances, trovas, ensaios,
poesia, mitologia,
alquimia, geometria,
história, filosofia,
geologia e geografia.

Na verdade, vou dizer,
São tesouros de papel.

Mas aquele que eu prefiro
é um cheio de desenhos,
um volume muito antigo,
do tempo do meu avô,
mostrando um pouco de tudo:
animais de todo tipo,
as árvores e as plantações,
os tipos de flores e frutas,
e como vivem os povos
nos quatro cantos do mundo;
e os tipos de comida,
e os meios de transporte,
e os últimos inventos,
e as roupas que a gente veste,
e as festas mais populares,
e as estações do ano,
tudo isso e muito mais,
mas não do tempo de agora,
pois o livro é muito antigo.

Vou folheando, encantado
Perguntando, pensativo,
Como pode tanto assunto
Caber assim num só livro?

Livro de papel
Ricardo Azevedo

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