sábado, 9 de abril de 2011

ALUGAR OU EMPRESTAR LIVROS?

Na biblioteca onde trabalho, alguns alunos se confundem quando vão emprestar os livros. Quando chegam no balcão de empréstimos, alguns dizem: "Claudia, quero alugar este livro." Depois da explicação do uso correto da palavra EMPRESTAR, eles vão entendendo a diferença.

O termo ALUGAR UM LIVRO não é muito comum na prática, geralmente as pessoas acabam emprestando ou mesmo comprando os livros. O aluguel do livro na maioria das vezes é feito por aquele estudante que precisa muito de um livro que não está encontrando, ou em busca de livros que não são mais publicados. Há também aqueles leitores que alugam livros por achar fácil o acesso (quando entregam em casa), não precisa ir à biblioteca ou à livraria. Fiz uma pesquisa para descobrir as locadoras de livros e seu funcionamento em São Paulo. Fui investigar pessoalmente e ver as vantagens e desvantagens neste caso. Percebi que a maioria entrega o livro em casa e é melhor pagar uma taxa mensal para usufruir dos livros, pois a diária dos livros sai muito mais cara. Tem algumas locadoras que é só pela internet. As duas mais interessantes são:

Toca da leitura - ver mais detalhes no site: http://www.tocadaleitura.com.br/
Livro magia - esta locadora é especializada no público femininohttp://www.mundomagia.com.br/

Guardei um complemento da revista Mundo Jovem (nov./2010), com um artigo muito interessante sobre a locação de livros, vejam: 


Encarte da Revista Mundo Jovem - Leitura, uma atitude inteligente



Para quem vive no mundo da leitura, sugiro que leiam para conhecimento o encarte da revista Mundo Jovem. Ele tem me ajudado muito nas minhas aulas e reflexões para projetos.

Autoajuda literária

Lendo a revista Educação duas palavras me chamaram atenção: autoajuda literária e educação literária. Era um artigo de Gabriel Perissé muito interessante, dando dicas de como fazer uma boa leitura e muito mais. Achei surpreendente e as partes que coloquei em destaque tem tudo a ver com o que eu acredito e na minha formação como leitora.

Autoajuda literária

Por Gabriel Perissé - 24/03/2011
Revista Educação - Edição 167

Um certo escritor belga chamado Paul Nyssens (1870-1954), engenheiro civil por formação, dedicou boa parte de sua vida a um tipo de literatura que se poderia chamar "psicologia popular", uma espécie de antepassado da autoajuda.
Publicou livros em que divulgava práticas relacionadas à boa saúde, à higiene, ao comportamento social e à "autogestão pessoal". Fazia palestras abertas ao grande público e se dedicava a formar alunos por correspondência. Era adepto do uso do esperanto e da alimentação vegetariana. Em suma, um educador por conta própria, imbuído do desejo sincero de influenciar pessoas e melhorar o mundo.
Um de seus livros tinha a generosa pretensão de nos ensinar a ler e estudar com mais proveito: Comment lire et étudier avec le plus de profit. Publicado em Bruxelas em 1913, alcançou relativo sucesso. Sua dedicatória diz tudo:

Dedicamos este livro às mulheres e aos homens ambiciosos de complementar sua própria educação, harmonizar sua personalidade, fortalecer seu caráter e superar sua condição presente.
Relacionava leitura e estudo a uma existência melhor. Acreditava (com ingenuidade, talvez) na ideia de que nos livros podemos encontrar tudo o de que necessita uma pessoa para formar-se. Via naquele início de século 20, cheio de promessas e lacunas, ameaças e possibilidades, um tempo de preparação do indivíduo para os desafios da vida moderna. Todos tinham o direito, e o dever, de estudar. Praticava e defendia o autodidatismo, na medida em que via no sistema educacional vigente uma série de falhas. Estava convicto de que o futuro pertenceria àqueles que se dedicassem ao próprio aperfeiçoamento, pela via da autoeducação.
Benefícios da boa leituraInteressante frisar que para Paul Nyssens a leitura não é um ato qualquer. Tem implicações quase morais. Deve ser uma bonne lecture. Não se trata de ler por ler, ou de uma obrigação fria e rotineira. A leitura deverá ser boa para que faça bem ao leitor e torne o leitor um bom estudante, um ser humano bom, um bom cidadão.
Um dos principais benefícios da boa leitura é cuidar do autoconhecimento, atividade vinculada ao aperfeiçoamento, seguindo a melhor tradição platônica. À medida que lê, o leitor estuda a si mesmo, descobre seus pontos fortes e suas fraquezas, e dispõe-se a lutar para adquirir virtudes.
Por exemplo, talvez o leitor descubra, quando lê e estuda com muita rapidez, que não retém na memória os conceitos que um autor lhe ofereceu. Tomando ciência, então, de que é precipitado, apressado, inquieto, fará o esforço de ler mais lentamente, buscará assimilar com calma o conteúdo do livro.
E assim por diante. O ato de ler vai revelando o teor do livro, mas, simultaneamente, quem o leitor é: preguiçoso, dispersivo, impaciente, inseguro, com memória deficiente. Num segundo momento, a própria leitura se torna o melhor campo de batalha para combater falhas e desenvolver capacidades.
A boa leitura é boa na medida em que o leitor pratica uma ascese psicológica e comportamental. De palavra em palavra, de frase em frase, de parágrafo em parágrafo, de página em página, exercita-se, luta para atingir objetivos de aprimoramento pessoal. Cultivará uma atitude mais positiva perante si mesmo e as tarefas a cumprir. Será, portanto, mais consciente e esforçado. Será mais perseverante. Mais disciplinado. Mais concentrado. Mais entusiasmado. E mais ambicioso.
Vale ressaltar o fascínio que a palavra ambition exerce sobre Paul Nyssens. O ato de ler não é ato puramente intelectual, mas envolve a vontade. Mexe com o querer, tanto quanto com o saber. Aliás, é preciso ter vontade firme para saber:

Cultive a ambição ardente de conhecer tudo o que é útil saber para o seu próprio benefício e para o bem dos outros.

A educação literáriaO autor de Como ler fazia um alerta àqueles que quisessem conhecer todos os autores franceses, latinos, gregos e estrangeiros, e que se dedicassem ao devoramento de romances, relatos de viagens, obras sobre história, psicologia, filosofia, ciência... Para ele, essa atividade conduz, a longo prazo, à passividade e à improdutividade.
Ler bem é escolher bons livros. Outra vez a questão do bem aparece. Paul Nyssens afirma sem a menor hesitação:

Para cada livro bom existem centenas ou milhares de mínimo valor, ou inteiramente desprovidos de mérito [...]. Em geral, os melhores autores tratam a questão ou o tema que nos interessa do modo mais completo e mais perfeito, o que nos dispensará de ler os escritores medíocres.

O melhor é raro e o ruim, abundante. Mesmo um autor bom tem lá suas debilidades. E daí surge outro conselho:

Não é desejável ler todas as obras de um mesmo autor. Os editores, aproveitando a reputação de um autor clássico, publicam todas as suas produções, incluindo as mais fracas.

Estimular uma autêntica educação para a leitura. É este o desejo do autor. Nos primeiros anos escolares, diz Paul Nyssens, a língua materna, a leitura, a gramática, a ortografia e a aritmética são ensinadas pela repetição e pela intuição. Não há uma racionalidade explícita. Os professores e alunos atuam nesse primeiro momento de modo mais ou menos inconsciente. Somente no ensino superior haverá espaço para que se pergunte o porquê das coisas.
Paulo Nyssens acredita que uma vida boa, mais humana, e uma atividade profissional de sucesso dependem da escolha de nossas leituras, com base na clareza de propósitos. Seus conselhos vão nesta linha, apelando para o bom-senso do leitor. Daí não nos sugerir nenhuma lista de autores. Os critérios são gerais, e que cada qual exerça sua liberdade de leitura.
Contudo, ao citar determinados escritores, acaba indicando suas referências, certamente definidas pelo critério da "boa leitura". Mencionando Blaise Pascal, Descartes, Voltaire, inscreve-se numa tradição tipicamente francesa, com especial apreço pela lucidez mental.
Seus conselhos cartesianos são certinhos demais, adequados demais. Parecem implicâncias da vovó. Não pretendemos levá-los a sério. O que talvez seja um erro, como quando recomenda que o leitor respire profundamente durante o trabalho intelectual. Não seria, afinal, fazer uma leitura inspiradora?

* Gabriel Perissé é doutor em Filosofia da Educação (USP) e professor do Programa de Mestrado/Doutorado da Universidade Nove de Julho (SP)  www.perisse.com.br

terça-feira, 5 de abril de 2011

FLIPBACK BOOK

Nem Kindle, nem Ipad. Agora a nova aposta do mercado editorial europeu é um livro de papel comum que cabe na palma da mão e parece um bloco de notas. Menor que um livro de bolso e confortável para a leitura no metrô. Suas páginas, de papel-bíblia, são unidas por uma lombada especial, que mantém o livro aberto sem que o leitor precise segurar. O texto é impreso no sentido longitudinal. Criado na Holanda em 2009 e agora chega na Europa. Vale lembrar que é um livro,não um  é é um tablet e também não precisa de pilha.


Revista Época 28/03/2011

domingo, 3 de abril de 2011

Entrega do Prêmio Espantaxim 2010

       Fiquei lisonjeada em receber o convite da Letícia Cristina (6ºF), aluna do Colégio Santa Maria. Ela participou o ano passado do I Concurso Literário Infantil Espantaxim e o Castelinho Mágico - PRÊMIO ESPANTAXIM 2010 e ganhou em 1º lugar na categoria Redação - 9 e 10 anos. Eu não pude deixar de ir, fiquei muito orgulhosa desta aluna que sempre se dedicou à leitura e sabe escrever tão bem.
Parabéns, Letícia!


Foi maravilhoso! Quem tiver a oportunidade vá conhecer o show do Espantaxim, é 10!


 Conheçam mais detalhes da turma do Espantaxim no site: www.espantaxim.com.br





 Cerca de 300 redações e mensagens foram enviadas para o concurso e selecionados 50 ganhadores. Muitos ganhadores eram de outras cidades: Santa Catarina, Curitiba e até Minas Gerais. A Letícia foi a  representante de nossa capital, pois os demais ganhadores de São Paulo em sua maioria eram do interior!


 Ela recebeu uma sacola reciclada com pet com três exemplares do livro de Antologia (redações premiadas), dois bichinhos de pelúcia dos personagens do Espantaxim, a coleção de livros da autora Dulce Auriemo e o troféu Espantaxim. Que bacana, hein! 

Letícia e sua mãe


Grandes realizações são possíveis quando se dá importância aos pequenos começos.

Lao Tzu